quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Fim de ano, fim da tormenta...

Ufa!!! Chegamos ao final do tribulado ano no GEC NICARÁGUA. Foi quase impossível concluí-lo. O que aconteceu ? a Escola Municipal Nicarágua era boa e legal, pelo menos era o que parecia, até então não tivemos grandes problemas, confiávamos e acreditávamos na sra. gestora, nos parecia ser uma educadora preocupada com a tranformação da sociedade, antenada apesar dos brancos cabelos, e sempre disposta a resolver os problemas em prol dos alunos, até quando tivemos divergências com uma professora de história no ano de 2009 e com uma a professora de português em 2010, na qual até uma denúncia no Conselho Tutelar foi protocolada; nos orgulhávamos da postura dessa gestora, até mesmo quando aquele menino, o Júlio César, fora impedido de participar do campeonato estadual de atletismo e a TV relatou os fatos, e sua participação foi liberada pela então Secretária de Educação nos studios do RJ-TV na rede Globo, lhe defendemos, brigágamos dizendo: algo deve ter de errado, ela é muito comprometida com educação, certamente nao faria isso sem motivo.
Que pena a ficha só caiu depois de mais de três anos, e que queda! Quanta decepção! A escola que nunca sofrera com falta de professores, mudou para Ginásio Experimental Carioca, e deixou no início do ano de 2011, alunos do 9º ano dois meses sem professor de geografia, e pasmem o professor capacitado pela Secretaria Municpal de Educação (SME) dentro da escola, e os adolescentes em tempo vago no pátio da escola, e quando a indaguei sobre a questão, me respondeu dizendo: -"que estava chegando outro professor e que a perda não fora tão grande assim", ora no último ano, com tantos concursos a vista, ouvir isso de uma educadora é algo no mínimo estranho, não acham? Continuando com os problemas as aulas começaram sem que as obras estivem prontas e pior que fossem eficientes, então começou um movimento incentivado por ela mesma para que os alunos criassem um twitter para falar diretamente com a secretária, que inclusive até foi matéria do programa "Tempo em movimento" da MULTRIO, onde relatava a iniciativa dos alunos que trabalhavam muito pela escola, e se mobilizaram para que as obras tornarem-se eficazes, alunos estes, que quando comecaram a questionar e discordar da gestão, deixaram de ser os alunos "Nicarágua" e foram limados, colocados de canto, ignorados.
Tanta preocupação em elevar índices de IDEB, e ninguém se preocupou como os alunos estavam se sentido diante daquela nova realidade. O desrespeito começou logo no início do ano, faltando porta e água nos banheiros, e principalmente faltando comida!!! façam me o favor, será que faltou dinheiro, abastecimento, ou faltou mesmo vergonha, oferecer aquelas lavagens que ofereceram durante todo ano: arroz cru, feijão queimado, legumes crus jogados por cima da panela de carne cozida e com o fogo já apagado, ovos que cheiravam a podre, de coloração marrom e o insuportável cheiro de algo em decomposição que irradiava pelos corredores da escola, desmotivavam os alunos a chegarem sequer perto do refeitório, e ainda receber como resposta, quando a indagávamos, que era culpa do Instituto de Nutrição Annes Dias (INAD), que estabelecia os padrões, e que a coloração marron dos ovos eram salsinha e tempero recomendados pelo mesmo.
Que triste ouvir esses relatos de quem mais gostava da escola, seria possível estar se tratando de um bando de mentirosos: os alunos.
Por que ninguém os ouviu? eram apenas adoslecentes querendo uma escola e futuro melhores, e desejando que seu direito direito primário fosse cumprido. Uma escola que não oferece comida decente, não pode oferecer mais nada.
Tanto investimento para que? se eles se sentiam verdadeiros prisioneiros, confinados, pois tinham como uma única opção comer aquela lavagem como porcos, porque não se podia levar de casa ou comprar biscoitos pela grade, salvo ums poucos que se impuseram, e que se danasse o projeto, levaram mesmo assim: comida aos seus filhos; uns que comiam dentro da própria secretária, e outros que o responsável passava pela grade todos os dias, a quentinha, e que comiam bem debaixo dos olhos da administração da escola, e todos os outros que ficassem com fome mesmo. Enquanto os professores e outros profissionais por muitas vezes foram flagrados se deliciando com a comida dos restaurantes da região. Além de ter dias que os alunos, chegaram na secretaria para reclamar da comida, cheios de fomes e presenciaram rodadas de pizzas na mesa da direção. Ora se não houvesse problema com a comida da escola, por que todos não comiam por lá? E só o que se ouvia eram desculpas, inclusive que estes alunos tinham recomendações médicas, então porque não avisaram, que eu teria conseguido um atestado e não deixaria minha filha passar tanta fome naquele lugar; eu mesma era contra e não permitia que ela levasse de casa, pois respeitava o projeto Nutrional, e sempre dizia: as coisas iriam se encaixar. Mas mesmo com toda a denúncia, nenhuma providência foi tomada, ouviu-se pelos corredores da escola dito pela própria gestora, que aquilo tudo, não daria em nada. Que tipo de pessoa é esta que é colocada a frente de uma institução para realizar que tipo de gestão? Porque que os armários ficaram tanto tempo virados para a parede, os noteboks que chegaram na escola entre maio/junho ficaram sem uso até o final do ano, a sala de informática em que não se consegue digitar um texto sequer, eu mesma experimentei, a quadra fora das proporções ideais, a quadra que não era varrida pela COMLURB, e que os alunos varreram para conseguir ter aulas de educação física, e nos foi dito que eles tiraram fotos, para dizer que estavam praticando trabalho escravo, segundo palavras desta senhora, dizer que os alunos entupiam os sanitários com rolos de papel, quando nem suporte para os mesmos havia nos boxers. E tudo que era quebrado na escola, "eram eles que quebravam". Por que numa escola em que quase quatro anos, eu nunca vi pixações e grandes depredações, agora com mobília e estrutura novas não consegue manter tal conquista nem por pelo menos seis meses.
Como exigir que alunos elevem seus indíces com tanto desrepeito.
Porque as aulas tutoriais, na qual deveria ser uma espécie de reforço para as dificuldades individuais, os alunos ficavam no pátio, segundo recomendações dos próprios professores, "quem não quiser ficar aqui, pode descer", aulas de reforço que não focava nada do que cada um precisava, e sim um programa pronto, onde quem não tinha dificuldade naquela questão, não tinha o que aprender; projeto de vida só funcionou nos primeiros meses, os alunos pouco foram incentivados a participarem dos concursos para as escolas técnicas federais; protagonismo juvenil que não evidenciou nenhum talento; e pior, depois dos famosos ovos chacoalhados os alunos da 1901 fizeram um manifesto silencioso, levando lanche e até panos de chão para deixarem limpa a sala, evitando assim uma grande denúncia à imprensa. Foram taxados por uma professoara, a qual eles tinham muita consideração de: rebeldes, e que aquele movimento tratava-se de uma "rebelião" "e que se queriam porrada, era porrada que levariam" professora essa que chorou diante deles, dias antes, pelos índices insatisfatórios, e que pediu-lhes desculpas, e que voltaria a dar aula como sabia dar, e cujo os indíces anteriores eram muito melhores que os atuais.
Sem contar, que me perdoe os idealizadores do projeto, mas numa cidade de leitores, no último ano, utilizar aquelas apostilas horizontais, em preto e branco, sem vida e atrativos, que mais pareciam os primeiros cadernos do jardim, é demais querer que sejam grandes leitores. Sinto falta dos alunos folheando livros, indo e vindo fascinados na busca do conhecimento, livros que contiam anotações nos cantos das páginas, exercícios corrigidos à caneta, e prontos para serem consultados a qualquer momento. Livros que muitas vezes eram guardados por anos, para relembrar o que fora aprendido. Que bela economia, não!
Revoltante demais ouvir o relatos desses alunos, que desenvolveram ojeriza pela escola, que triste é uma criança desejar não ir mais a escola, por não suportar mais olhar a disssimulçao de uma gestora, que sempre saia pela tangente e desdezia suas próprias palavras: "não foi isso que eu disse", ou "não foi bem assim", e cujas soluções não foram encontradas em tempo hábil.
Que pena que toda a escola não tivesse a coragem de colocar para fora seus sentimentos, que pena que não somos uma sociedade unida, como quando se reune em torno de um carnaval e um futebol. Teríamos a força de mudar a história e transformar a sociedade, e pessoas como estas não pudessem permanecer em cargos de suma importância, que pena que não tenham que prestar contas ao Ministério Público, e a toda sociedade por esses deslizes. Seria um grande exemplo, certamente teríamos uma sociedade muito mais justa. Com muitos talentos emergindo, e enfim seríamos verdadeiramente uma grande Nação.
Que triste, gostaria muito de terminar esse ano falando as maiores maravilhas desse projeto, se ele foi bom em outros lugares, nós fomos infelizes aqui na Escola Nicarágua. Eu não consigo conceber a idéia que seja um projeto ruim, é muito dinheiro, há muito investimento, muito trabalho, muito empenho, muito dedicação de profissionais que estuduram muito, e pensam realmente numa transformação.
Ainda sou apaixonada por esse projeto e torço para que nossas lágrimas, que foram muitas, sirvam pelo menos, para que os ajustes sejam realizados com muito rigor e rapidez. Não se pode lançar ao vento um projeto como este, não se pode perder a chance dessa tranformação, fica o apelo aos homens públicos deste país, que o empenho seja prioritário afim de tornar a educação algo de que muito possa se orgulhar, que possamos liderar o ranking mundial dos indíces de aprendizado, e exibir extasiante o orgulho de ser brasileiro.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O que está acontecendo com a educação no país

No blog "direito de aprender", do jornalista e editor do Destak, Fernando Leal, de São Paulo-SP, me chamou a atençãoo texto "Extelionato na Educação", e me fez lembrar do GEC NICARÁGUA, será o que mesmo na estaria acontecendo por aqui? E fica a pergunta por que que as autoridades competentes, em face as denúncias, não tomaram medidas repreensivas, e tudo que aconteceu não seria motivo de imediata substituição da atual gestão? então também me pergunto quanto a seriedade desse projeto, qual é a verdadeira intensão dele? E por que os alunos que relamente sofreram e presenciaram os terríveis fatos e atos de verdadeiro desrespeito, não foram ouvidos devidamente, não tiveream seus relatos analisados por profissionais capacitados para tanto? se é para pensar em educação séria, e transformação de uma sociedade, porque não ter uma comissão de alunos com voz e voto, sem que haja manipulação de outros interesses, afim de seja vivenciado a real democracia que chamamos de Brasil.
Abaixo parte do texto que justifica meu questionamento.
"A educação brasileira só vai mudar se o interesse dos alunos for colocado em primeiro lugar. É assustador ver pessoas que ocupam cargos públicos decidirem sem nenhum escrúpulo o destino de milhões de jovens em nome de crenças ideológicas que não encontram fundamento algum na realidade objetiva."